quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ombros dos meus dias


Ana Graziela Cabral


Terno olhar que me constrange
Não se prenda nos meus zelos
Pois nos ombros dos meus dias
Sempre pousam nevoeiros

Se quiseres me amar
Peço, faça-o em segredo
Pois se vejo, me intimido
De amar-te tenho medo

Não me chames covardia
Não me julgue por meus erros
Sou resquícios de outros dias
Impotente mão sem dedos

Em medíocres ninharias
Consumi todo o desejo
Com que não o merecia
Oh, larápio tão sobejo!

Não exijas meus carinhos
Não me faça seu brinquedo
As manhãs dos meus sorrisos
Foram embora em outros beijos.

Patos de Minas, 10 de agosto de 2007.

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